TEL AVIV, 12 NOV (ANSA) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, escreveu uma carta a seu homólogo em Israel, Isaac Herzog, para pedir a ele que conceda perdão ao primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, acusado de corrupção em três casos distintos. O gabinete do chefe de Estado israelense confirmou o recebimento da mensagem nesta quarta-feira (12).
“Enquanto o grande Estado de Israel e o extraordinário povo judeu superam tempos terrivelmente difíceis nos últimos três anos, peço que conceda clemência a Benjamin Netanyahu, que foi um premiê formidável e decisivo em tempos de guerra e que agora lidera Israel em tempos de paz”, escreveu Trump, que em outubro, durante um discurso no parlamento israelense, já havia sugerido a Herzog a dar o indulto ao primeiro-ministro.
Netanyahu e sua esposa, Sara, são acusados de aceitar mais de US$ 260 mil em bens de luxo, como charutos, joias e champanhe, de bilionários em troca de favores políticos. O líder de Tel Aviv também é acusado, em outros dois casos, de tentar negociar uma cobertura mais favorável a dois veículos de comunicação israelenses.
O premiê nega todas as acusações e segundo analistas, em seu terceiro e atual mandato, com início em 2022, Netanyahu propôs reformas judiciais abrangentes que visavam “enfraquecer os tribunais”.
“Embora eu respeite absolutamente a independência do sistema judiciário israelense, acredito que este ‘caso’ contra Bibi [Netanyahu] é uma perseguição política e injustificada”, afirmou o político americano, que em seu país também tem seu nome envolvido em diversos escândalos.
Em outro momento, Trump ainda argumenta que “agora que o Hamas está sob controle, está na hora de deixar que Bibi una Israel, perdoando-o e colocando fim a essa guerra de uma vez por todas”. (ANSA).