O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na noite do domingo, 27, um pacote de ajuda de US$ 900 bilhões à economia diante da pandemia da Covid-19, o que encerra um impasse no Congresso e abre caminho para milhões de americanos receberem alívio econômico, em meio à crise de saúde. Na semana passada, Trump se mostrava contrário à legislação, após ela ter sido aprovada no Congresso com grande apoio bipartidário, ao pedir que os congressistas elevassem o tamanho dos pagamentos diretos de US$ 600 por adulto e por criança a US$ 2 mil, para as pessoas com renda bruta ajustada abaixo de US$ 75 mil ao ano.

Por fim, Trump firmou a lei, sob pressão dos dois partidos. Em comunicado, ele pediu que o Congresso retire o que considera gastos inúteis na lei e disse que enviará aos legisladores uma lista de provisões que deseja eliminar – um esforço que a oposição democrata promete bloquear.

O presidente também disse esperar que o Congresso vote uma medida separada para elevar os pagamentos diretos a US$ 2 mil.

A Câmara dos Representantes já se prepara para votar essa lei nesta segunda-feira. Trump afirmou que o Senado iria “começar o processo de votar o aumento nos pagamentos diretos, bem como investigar supostas fraudes eleitorais. “Muito mais dinheiro está vindo”, disse Trump. “Eu nunca desistirei de minha luta pelo povo americano!”.

Um porta-voz do líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, não quis comentar ao ser questionado sobre a legislação que Trump disse que a Casa avaliaria.

O Senado deve voltar ao trabalho nesta terça-feira, quando McConnell deve falar. Em comunicado, o senador agradeceu a confirmação da lei por Trump, lembrando que ela inclui um ano completo de financiamento para os gastos do governo, evitando uma paralisação parcial das atividades da administração pública (“shutdown”).

O pacote assinado por Trump inclui US$ 1,4 trilhão para continuar a financiar o governo até setembro, medida que para Trump inclui gastos inúteis em ajuda ao exterior, o que ele pretendia tentar congelar. Uma fonte democrata disse que a Câmara dos Representantes barrará essa tentativa do atual presidente.