SÃO PAULO, 26 MAR (ANSA) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto que altera o sistema eleitoral do país na tentativa de prevenir fraudes e contém elogios ao Brasil por ser um exemplo positivo no que diz respeito à segurança nas eleições, especificamente o uso da biometria.
De acordo com o documento, “os Estados Unidos agora falham em aplicar proteções eleitorais básicas e necessárias empregadas por nações modernas e desenvolvidas, bem como por aquelas ainda em desenvolvimento”.
“A Índia e o Brasil, por exemplo, estão vinculando a identificação do eleitor a um banco de dados biométrico, enquanto os Estados Unidos dependem amplamente da autodeclaração para a cidadania”, acrescenta o texto.
O governo republicano destaca que a ordem executiva tem como objetivo fortalecer a verificação da cidadania dos eleitores, proibindo cidadãos estrangeiros de “interferirem nas eleições”.
Com isso, a “Comissão de Assistência Eleitoral exigirá prova documental, emitida pelo governo, de cidadania dos EUA em seus formulários de registro de eleitores”.
Além disso, agências como o Departamento de Segurança Interna, a Administração da Segurança Social e o Departamento de Estado devem fornecer aos Estados acesso a bancos de dados federais para verificar a elegibilidade e cidadania de indivíduos que se registram para votar.
O novo decreto também prevê que “o attorney general [chefe do Departamento de Justiça] priorizará o processo de votação de não cidadãos e crimes relacionados, inclusive por meio do uso de registros do Departamento de Segurança Interna e coordenação com procuradores-gerais estaduais”.
Por fim, o documento afirmou que, “sem a aplicação adequada das leis federais, a votação ilegal, a discriminação, a fraude e outras formas de má conduta e erro diluem os votos dos cidadãos americanos legais”. (ANSA).