Joe fará a ligação? Trump atenderia a chamada? O presidente republicano, Donald Trump, e seu provável adversário democrata, Joe Biden, brincaram e brigaram nesta segunda-feira (6), em mais um episódio de uma possível conversa sobre a crise do novo coronavírus, que tinham anunciado na última semana.

A ideia de que os possíveis rivais nas eleições de novembro troquem conselhos sobre a pandemia da COVID-19 e se mostrem unidos diante da nação dividida e angustiada tem sido algo comentado há dias.

Na semana passada, Trump disse que “adoraria falar com Biden” e acrescentou que “sempre” o achou “um bom tipo” de pessoa. Na quinta, Biden respondeu que estava “feliz por saber que atenderá” a chamada.

Mas se Trump esperou junto ao telefone durante todo o final de semana, ficou decepcionado.

“O que aconteceu com o telefonema que (Biden) disse aos de notícias falsas (mídia) que me faria?”, escreveu Trump no Twitter.

O presidente voltou ao tom defensivo em relação a Biden, que tende a afirmar que está perdendo sua capacidade mental, e ao qual acusa de corrupção e chama de “Joe, o sonolento”.

Diante do comentário de Biden de que o Partido Democrata poderia ter que realizar sua convenção para nomear o candidato oficial por videoconferência, depois de postergá-la de julho para agosto por causa do novo coronavírus, Trump insinuou que Biden estava fugindo de aparecer em público.

“Joe Biden queria que a Convenção Nacional Democrata fosse postergada. Agora, quer uma convenção ‘virtual’, na qual não tenha que se apresentar. Caramba, me pergunto o porquê”, escreveu Trump no Twitter.

“Senhor presidente, espero que possamos nos reunir em Milwaukee (local da convenção), mas isso dependerá de que você dê um passo adiante e faça o que for necessário para enfrentar essa pandemia”, replicou Biden na mesma rede social.

“Feliz em conversar em qualquer momento”, acrescentou Biden.