O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ter acordado um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a próxima semana e disse que os dois tiveram “excelente química” em breve diálogo durante a Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), em Nova Iorque.
“Não tivemos muito tempo para conversar, foram cerca de 20 segundos, mas ainda bem que eu esperei. Nós concordamos em nos encontrar na próxima semana. Ele [Lula] me pareceu um homem muito legal. Eu gostei dele, e ele gostou de mim. E eu só faço negócios com pessoas de quem eu gosto”.
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Trump citou as tarifas de 50% impostas sobre produtos brasileiros enviados aos EUA e afirmou que as autoridades brasileiras desrespeitam os direitos humanos e a liberdade. “As tarifas são uma resposta às tentativas de interferir nos direitos e liberdade de cidadãos americanos”, disse, logo antes do elogio ao petista.
Os argumentos embasaram as sanções de seu governo contra autoridades brasileiras em reação ao processamento e condenação de Jair Bolsonaro (PL) pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por uma tentativa de golpe de Estado.
Além do tarifaço, os EUA revogaram vistos de ministros e enquadraram Alexandre de Moraes e sua esposa, Viviane Barci, na Lei Magnitsky. Durante a escalada, Lula e emissários disseram não ter conseguido contato com a Casa Branca.
Lula deu recados a Trump
O discurso de Trump sucedeu o do brasileiro, em uma anteposição clara. No palanque da ONU, Lula afirmou que “atentados à soberania, sanções arbitrárias e intervenções unilaterais estão se tornando regra” no mundo, defendeu a independência do Judiciário e classificou a condenação do ex-presidente como um “recado a candidatos a autocratas” (veja aqui a íntegra).
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