O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (24) que as tarifas de 25% a Canadá e México, anunciadas no início de fevereiro para incentivá-los a combater a migração irregular e o tráfico de fentanil, e ficaram suspensas por um mês, “seguem adiante”.
“As tarifas seguem adiante, pontualmente, e segundo o programado”, afirmou Trump em coletiva de imprensa conjunta na Casa Branca com o presidente francês Emmanuel Macron.
Canadá e México negociam um acordo para evitar as tarifas aduaneiras com seu parceiro no tratado de livre-comércio T-MEC antes da terça-feira da semana que vem, quando expira o prazo de um mês dado por Trump para encontrar uma solução.
Nesta segunda, a presidente do México, Claudia Sheinbaum, disse que espera obter um acordo até sexta-feira.
“Nesta sexta precisaríamos chegar a acordos importantes. Estaria – se for necessário – buscando outra chamada telefônica com o presidente Trump, o que for preciso para se chegar a um acordo”, disse a mandatária durante coletiva de imprensa.
Tanto o México quanto o Canadá tomaram medidas para satisfazer seu vizinho.
O México, por exemplo, enviou 10 mil militares à fronteira comum para combater o tráfico de drogas para os Estados Unidos, destino de mais de 80% das exportações mexicanas.
Se a ameaça de tarifas se concretizar, ela pode afetar as cadeias de suprimentos em setores-chave como o automotivo.
Além disso, Washington ameaçou recentemente, tanto aliados quanto adversários, com “tarifas recíprocas”, o que resultou em uma série de negociações.
“A única coisa que queremos é reciprocidade. Queremos ter o mesmo. Assim que, se alguém nos taxa, vamos taxá-lo […] será muito bom para o nosso país”, afirmou o magnate republicano na coletiva de imprensa.
“Isso é um abuso que ocorreu por muitos anos, e nem sequer culpo os outros países que fizeram isso, culpo os nossos líderes por permitirem que isso acontecesse”, acrescentou.
Macron, por sua vez, defendeu o que chamou de “concorrência justa”.
“Nosso desejo é que haja uma concorrência justa”, “equitativa” entre “nossas indústrias”, “intercâmbios mais fluidos e ainda mais investimentos”, declarou o presidente francês.
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