O presidente americano, Donald Trump, voltou a questionar, nesta quarta-feira, a investigação sobre o caso da Rússia, que apura se ele ou integrantes de sua campanha fizeram acordos com com o país, ou obstruíram a Justiça, mas disse que o relatório final deve ser público.

“Se querem deixar que vejam ele, deixam que vejam”, disse Trump sobre o relatório, que o procurador especial independente Robert Mueller estaria prestes a terminar.

Trump foi investigado durante quase dois anos, após suspeitas de que ele ou sua equipe tinham vínculos inadequados com Moscou.

Mueller apresentará suas conclusões ao procurador-geral indicado por Trump, que não é obrigado a divulgar o relatório. Mas a pressão para o conteúdo se tornar público é intensa no país.

Antecipando-se, Trump ampliou sua campanha de questionamento da legitimidade de Mueller, que é amplamente respeitado, para derrubar a confiança em sua investigação.

Trump se referiu a sua vitória eleitoral de 2016 como “uma das maiores (…) na história deste país” e disse que Mueller não tem apoio popular.

Mueller é “um homem saído do nada” que está “escrevendo um relatório que nunca obteve um voto”, disse Trump à imprensa na Casa Branca.

Mueller, ex-diretor do FBI, foi nomeado procurador especial em maio de 2017 com amplo respaldo bipartidário no Congresso, quatro meses após o início da turbulenta Presidência de Trump.

O presidente atacou diversas vezes a investigação de seus vínculos com a Rússia, classificando-a de “caça às bruxas” e espera-se que incremente suas críticas quando começar a campanha para sua reeleição em 2020.

“Meus eleitores não entendem, e eu não entendo”, disse, sobre a investigação de Mueller.