O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse, nesta sexta-feira (3), que acredita que o Hamas está pronto para “uma paz duradoura” e exigiu que Israel deixe de bombardear Gaza, depois que o movimento islamista palestino afirmou estar disposto a libertar os reféns.
“Com base na declaração que o Hamas acaba de emitir, acredito que estão prontos para uma paz duradoura. Israel deve interromper de imediato o bombardeio de Gaza para que possamos libertar os reféns de forma segura e rápida!”, publicou Trump em sua plataforma Truth Social.
“Neste momento, é muito perigoso fazê-lo. Já estamos negociando os detalhes que faltam. Não se trata apenas de Gaza, trata-se da tão aguardada paz no Oriente Médio”, acrescentou.
A declaração do Hamas foi divulgada horas depois de Trump dar como prazo a noite de domingo para o grupo responder ao plano de paz que apresentou no início da semana na Casa Branca ou, caso contrário, enfrentar o “inferno”.
“O movimento anuncia sua aprovação para a libertação de todos os reféns – vivos e restos mortais – segundo a fórmula de troca incluída na proposta do presidente Trump”, afirmou o Hamas em comunicado, acrescentando que está pronto para iniciar negociações “para discutir os detalhes”.
Trump também compartilhou o comunicado do Hamas em suas redes sociais, um gesto quase inédito para um presidente americano. A Casa Branca fez o mesmo.
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, havia dito anteriormente que Trump faria declarações sobre a “aceitação” do acordo por parte do Hamas e publicou uma foto dele dirigindo-se às câmeras de televisão de seu gabinete.
“No Salão Oval: o presidente Trump responde à anuência do Hamas ao seu plano de paz”, escreveu Leavitt no X, junto com uma foto do republicano falando às câmeras de sua mesa. “Fiquem atentos!”
Trump apresentou o plano de paz de 20 pontos ao lado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca na segunda-feira, e afirmou que, se o Hamas o rejeitasse, apoiaria Israel para “concluir o trabalho”.
Um alto dirigente do Hamas, Mahmud Mardawi, declarou nesta sexta-feira à AFP que o plano de Trump é “impreciso, ambíguo e carece de clareza”.
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