O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou nesta quarta-feira o ex-diretor do FBI James Comey de tentar pressioná-lo com um relatório que supostamente teria informações comprometedoras sobre ele.

O objetivo de Comey, que se encontrou com Trump antes de sua posse, era pressionar o futuro presidente a mantê-lo na direção do Bureau Federal de Investigações (FBI), afirmou o líder americano em entrevista ao The New York Times.

Trump contou ao jornal que duas semanas antes de sua posse, em janeiro passado, Comey e outros funcionários lhe informaram, em Nova York, que as agências de inteligência americanas entendiam que houve uma ingerência russa nas eleições para ajudá-lo a derrotar a democrata Hillary Clinton.

Segundo o presidente, Comey lhe disse em separado – mais tarde – que o relatório baseado em informações de um ex-espião britânico continha detalhes embaraçosos sobre ele, incluindo afirmações infundadas de que os russos possuíam vídeos de Trump com prostitutas.

Trump disse ao jornal que entendeu que Comey citou o relatório para sugerir que tinha algo contra ele. “Na minha opinião, compartilhou a informação para mostrar o que tinha”.

Perguntado se Comey estava tentando obter vantagem com isto, o presidente respondeu: “sim, acredito que sim”.

Em depoimento no Congresso, Comey contou que conversou com Trump sobre o documento para que o magnata não fosse pego de surpresa quando a informação viesse à tona.