Trump diz que cabe a Putin e Zelensky encerrar guerra

NOVA YORK, 19 AGO (ANSA) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (19) que agora cabe aos mandatários da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, encontrar um caminho para a paz.   

A declaração foi dada em entrevista à emissora Fox News, na esteira da cúpula com Zelensky e líderes europeus na Casa Branca, na última segunda (18).   

“Eu vou deixá-los se encontrar primeiro, eles não têm sido exatamente melhores amigos”, afirmou Trump, acrescentando que Putin e Zelensky são aqueles que “têm de dar as ordens” para acabar com a guerra. “Nós estamos a 7 mil quilômetros de distância”, acrescentou o presidente.   

Se o encontro entre os líderes de Rússia e Ucrânia der resultados, Trump se juntaria para um “trilateral para fechar o acordo”. “Espero que o presidente Putin se comporte bem. Se não se comportar, a situação será difícil. E espero que Zelensky faça o que precisa fazer. Ele também precisa mostrar alguma flexibilidade. A situação está uma bagunça”, disse.   

O presidente dos EUA, por outro lado, admitiu que “é possível” que o chefe do Kremlin “não queira alcançar um acordo”. De acordo com o site americano Politico, foi o próprio Putin quem pediu para se reunir com Zelensky sozinho.   

Para encerrar a guerra, a Rússia exige o reconhecimento da anexação da Crimeia, península tomada em 2014, e que a Ucrânia abra mão da totalidade das províncias de Donetsk e Lugansk, no chamado Donbass, e dos territórios já conquistados por Moscou nas regiões de Kherson e Zaporizhzhia.   

Em troca, Putin teria aceitado a proposta italiana para EUA e Europa fornecerem garantias de segurança a Kiev nos moldes do artigo 5 da Otan, que diz que um ataque a um membro é um ataque contra todos, porém sem que a Ucrânia faça parte da aliança.   

Ainda não está claro, no entanto, como essas garantias funcionariam. Segundo Trump, Alemanha, França e Reino Unido querem enviar tropas para o território ucraniano após um eventual cessar-fogo, enquanto o papel dos Estados Unidos seria exercido por via aérea. (ANSA).