Trump diz que Bolsonaro é alvo de ‘caça às bruxas’

NOVA YORK, 7 JUL (ANSA) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu nesta segunda-feira (7) o ex-líder Jair Bolsonaro, denunciando que ele é vítima de uma “caça às bruxas” e sofre um tratamento injusto por parte das autoridades brasileiras.   

Em uma publicação em sua plataforma Truth Social, o republicano afirmou que o político de direita “não é culpado de nada, exceto de lutar por seu povo” e caracterizou as ações legais contra o ex-líder brasileiro como “um ataque a um oponente político”.   

Trump criticou o Brasil pelo “tratamento terrível” dado a Bolsonaro, um “líder forte que ama seu país, além de ser um negociador duro em questões comerciais”.   

“Eu tenho assistido, assim como o mundo, como eles não fizeram nada além de ir atrás dele, dia após dia, noite após noite, mês após mês, ano após ano”, afirmou ele, garantindo que Bolsonaro é inocente.   

O líder norte-americano enfatizou que conheceu o ex-presidente do Brasil e garantiu que ele, sua família e milhares de seus apoiadores são alvos de uma “caça às bruxas”.   

Além disso, mencionou que a eleição de Bolsonaro “foi muito acirrada” e agora “está liderando nas pesquisas”.   

Trump ainda traçou paralelos entre a situação do ex-presidente e seus próprios desafios políticos, escrevendo que ataques semelhantes “aconteceram comigo, vezes 10”, e agora seu país “é o mais quente do mundo”.   

Por fim, pediu que as autoridades brasileiras “deixem Bolsonaro em paz” e sugeriu que “o único Julgamento que deveria estar acontecendo é um julgamento pelos eleitores do Brasil ? isso se chama eleição”.   

“O grande povo do Brasil não vai tolerar o que eles estão fazendo com seu ex-presidente”, concluiu.   

Bolsonaro está sendo julgado no Supremo Tribunal Federal por envolvimento na trama golpista, após a PGR denunciar ele e mais 33 pessoas por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.   

Segundo o relatório, o ex-presidente tinha conhecimento da “minuta golpista” para prender o então chefe do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, e convocar novas eleições e de uma trama para assassinar Lula e seu vice, Geraldo Alckmin, além do próprio magistrado do STF. (ANSA).