WASHINGTON, 3 OUT (ANSA) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu um ultimato para o Hamas: o grupo árabe tem até as 18h de domingo (5) – horário de Washington, 19h de Brasília – para responder sobre o plano de paz para a Faixa de Gaza, caso contrário, “um inferno recairá” sobre a milícia “como nunca antes”.
No anúncio feito nesta sexta-feira (3) no Truth, o republicano destacou que o Hamas, “por sorte, tem a sua última possibilidade” de chegar a um acordo de paz no enclave, proposta que recebeu aval não apenas de Israel, mas “de grandes, potentes e ricas nações do Oriente Médio”.
“Chegaremos à paz no Oriente Médio de um jeito ou de outro”, declarou Trump, segundo o qual, membros restantes da milícia árabe que não estão entre os 25 mil que foram mortos após os ataques contra Israel há dois anos, “apenas aguardam uma ordem minha de ‘vai’ para liquidar rapidamente com suas vidas”.
“Libertem os reféns, incluindo os corpos” dos sequestrados que não sobreviveram ao cativeiro, pediu o americano, que na última terça (30) tinha dado até 72 horas para o Hamas dar um retorno sobre o plano de paz.
No entanto, hoje, um funcionário do grupo disse em condição de anonimato que o “Hamas ainda está avaliando a proposta de Trump”.
A milícia “informou os mediadores que a avaliação do plano está em curso e que precisa de tempo”, disse o membro do grupo islâmico.
Segundo informação da Bloomberg publicada nesta sexta, alguns países do Golfo Pérsico discutem a necessidade de colocar o dossiê de Trump para Gaza em prática, mesmo sem consenso do Hamas.
Uma autoridade de um país local descreveu o plano dos EUA como “o melhor desde o início da guerra”, acrescentando que “ninguém está disposto a perder a oportunidade”.
A proposta seria implementada em áreas da Faixa de Gaza declaradas livres de milícias do Hamas pelas Forças de Defesa de Israel (IDF), à medida que a reconstrução do enclave comece.
E “mesmo que o plano seja considerado imperfeito e vago em alguns aspectos, chegou a hora de encerrar os combates”, enfatizou o representante do Golfo. (ANSA).