O presidente americano, Donald Trump, justificou nesta terça-feira (22) a ausência da tradicional coletiva de imprensa diária na Casa Branca durante seu governo pela falta de honestidade que ele atribui à maioria dos jornalistas.

A coletiva diária do porta-voz do Executivo, transmitida ao vivo pela TV da célebre sala de imprensa da “Ala oeste”, é uma tradição solidamente estabelecida no país há várias décadas.

No começo do mandato de Trump, estes briefings com a imprensa, encabeçados então por Sean Spicer, que mais tarde foi substituído por Sarah Sanders, não eram diários, mas eram frequentes. No entanto, há vários meses, se tornaram mais a exceção do que a regra, e o último remonta a 18 de dezembro.

“A razão pela qual Sarah Sanders não a faz mais porque a imprensa a trata de forma muito mal-educada e a cobertura está enviesada, especialmente por parte de alguns membros da imprensa”, tuitou Trump.

“Disse-lhe que não valia a pena continuar, a mensagem chega aconteça o que acontecer! A maioria (dos veículos) nunca nos cobriram de forma honesta, daí o termo Fake News!”, acrescentou o presidente.

A Associação de Correspondentes da Casa Branca, que representa os jornalistas que cobrem o presidente, atacou a declaração de Trump.

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“Esta retirada da transparência e prestar contas estabelece um terrível precedente”, disse o presidente da associação, Olivier Knox, que qualificou os briefings de uma forma de “ressaltar que ninguém em uma república sadia está livre de ser questionado”.

Frequentemente interrogada sobre o tema, a Casa Branca explica que Trump costuma responder ele próprio às perguntas dos jornalistas, sobretudo nos jardins da sede do Executivo, antes de embarcar no helicóptero presidencial Marine One.


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