WASHINGTON, 10 SET (ANSA) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não apenas desmentiu que teria sido informado previamente por Israel sobre o ataque contra membros do Hamas no Catar, como ainda criticou a ofensiva.
Segundo informações publicadas ontem na imprensa americana e israelense, o mandatário soube com antecedência que a aeronáutica israelense iria atacar a sede do grupo fundamentalista em Doha. Ele também teria supostamente apoiado o bombardeio.
“Não estou entusiasmado com toda a situação”, disse Trump a repórteres durante uma rara visita a um restaurante em Washington na noite de terça-feira (9).
“Queremos os reféns de volta, mas não estou feliz com a forma como tudo aconteceu hoje”, acrescentou o republicano, negando que tenha sido avisado sobre a intenção do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de atacar Doha, um mediador crucial nas negociações entre Israel e o Hamas para o fim da guerra na Faixa de Gaza e a garantia da libertação de reféns mantidos por militantes palestinos.
Mais cedo, Trump esclareceu em sua página no Truth que “a decisão de atacar o Catar foi de Netanyahu” e não dele, tendo sigo “pego de surpresa” sobre a ação.
Ele disse ainda que assim que a Casa Branca soube que a aeronáutica israelense estava realizando o bombardeio em Doha, ele ordenou “imediatamente” que seu enviado especial para o Oriente Médio, Steve Witkoff, “informasse os catarianos sobre o ataque iminente, o que ele fez, porém, tarde demais para impedir o ataque”.
Ontem Israel confirmou que realizou uma ofensiva em Doha para atingir “membros da organização terrorista Hamas”. Segundo declaração conjunta entre o gabinete do premiê e o Ministério da Defesa, a motivação do bombardeio ocorreu após o país ter sofrido um atentado a tiros realizado por dois integrantes do grupo islâmico em Jerusalém na segunda (8). (ANSA).