Donald Trump confirmou neste domingo (30) que conversou recentemente por telefone com o presidente venezuelano Nicolás Maduro, que o acusa de usar o combate às drogas como pretexto para mobilizar fortes recursos militares no Caribe com o objetivo de derrubá-lo.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou neste domingo que conversou com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, mas não forneceu detalhes sobre o que os dois líderes discutiram.
“Eu não quero comentar sobre isso. A resposta é sim”, disse Trump quando questionado se havia conversado com Maduro. Ele estava falando com repórteres a bordo do avião presidencial Força Aérea Um.
O New York Times informou pela primeira vez que Trump havia conversado com Maduro neste mês e discutido um possível encontro entre eles nos Estados Unidos.
A revelação da ligação telefônica ocorre no momento em que Trump continua a usar uma retórica belicosa em relação à Venezuela, ao mesmo tempo em que considera a possibilidade de diplomacia.
No sábado, Trump disse que o espaço aéreo acima e nos arredores da Venezuela deveria ser considerado “fechado em sua totalidade”, mas não deu mais detalhes, provocando ansiedade e confusão em Caracas, enquanto seu governo aumenta a pressão sobre o governo de Maduro.
Quando questionado se seus comentários sobre o espaço aéreo significavam que os ataques contra a Venezuela eram iminentes, Trump disse: “Não tire conclusões sobre isso.”
O governo Trump está avaliando opções relacionadas à Venezuela para combater o que ele retratou como o papel de Maduro no fornecimento de drogas ilegais que mataram norte-americanos. O presidente venezuelano negou ter qualquer ligação com o comércio ilegal de drogas.
A Reuters informou que as opções que estão sendo consideradas pelos EUA incluem uma tentativa de derrubar Maduro, e que as Forças Armadas dos EUA estão preparadas para uma nova fase de operações após um maciço acúmulo militar no Caribe e quase três meses de ataques a barcos suspeitos de tráfico de drogas na costa da Venezuela. Trump também autorizou operações secretas da CIA no país.
Maduro e membros do alto escalão de seu governo não comentaram a ligação. Questionado sobre o assunto no domingo, Jorge Rodriguez, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, disse que a ligação não era o tema de sua coletiva de imprensa, na qual anunciou uma investigação de parlamentares sobre os ataques dos EUA a barcos no Caribe.