Trump cogita aceitar avião de R$ 2 bi oferecido pelo Catar, diz imprensa americana

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FILE PHOTO: U.S. President Donald Trump boards Air Force One as he departs for Michigan to attend a rally to celebrate his first 100 days in office, at Joint Base Andrews in Maryland, U.S., April 29, 2025. Foto: REUTERS/Evelyn Hockstein/File Photo

O governo de Donald Trump está prestes a aceitar um avião de luxo doado pela família real do Catar, que poderia substituir a aeronave presidencial Air Force One, noticiaram meios de comunicação americanos neste domingo (11).

O valor deste Boeing 747-800, chamado pelo canal ABC News de “palácio no céu”, é estimado em 400 milhões de dólares (2,26 bilhões de reais), o que o tornaria o ativo mais caro doado por um governo estrangeiro aos Estados Unidos.

De acordo com a ABC, que cita fontes familiarizadas com o assunto, o anúncio deste presente será realizado durante a viagem do presidente americano ao Oriente Médio nesta semana, que inclui o Catar.

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O magnata republicano pretende usar esta aeronave de luxo como o novo Air Force One e, assim, substituir os dois Boeing 747-200B atuais. Utilizados desde 1990, já são considerados obsoletos e geram custos significativos de manutenção.

Segundo relatos da imprensa, Trump poderá continuar usando o jato doado após deixar o cargo, já que o governo planeja transferir sua propriedade da Força Aérea para a fundação presidencial do 45º e 47º chefe de Estado dos EUA.

A administração Trump, segundo a ABC, considera que a transação é legal e não viola as leis anticorrupção nem as disposições da Constituição, que impedem um funcionário do governo americano de aceitar presentes “de um rei, príncipe ou Estado estrangeiro”.

O canal americano indicou que o Departamento de Justiça acredita que esta última disposição seria respeitada, já que o presente será concedido à Força Aérea e não a uma pessoa específica.

Contactada pela AFP, a Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido de informações.

A Boeing prometeu entregar dois novos aviões ao governo, mas a empresa aeroespacial americana, imersa em problemas econômicos e de qualidade de produção, enfrenta crescentes atrasos.

Descontente, Trump sugeriu em fevereiro que o novo avião presidencial poderia vir “de outro país”.

A aeronave deve estar equipada com sistemas de comunicação de alta tecnologia, instalações médicas e um sofisticado sistema de defesa. Segundo o Wall Street Journal, a empresa americana L3Harris já foi contratada para adaptar o avião catariano a essas exigências.