SÃO PAULO, 5 JUN (ANSA) – Aliado do governo de Jair Bolsonaro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, citou o Brasil como exemplo de país com problemas para combater o novo coronavírus (Sars-CoV-2), afirmando que ao fechar seu país salvou pelo menos 1 milhão de vidas. Durante coletiva na Casa Branca, o republicano defendeu sua estratégia para conter a emergência e explicou que agora o país deve mudar a atitude, priorizando a proteção dos grupos de risco e a retomada das atividades econômicas.   

Além disso, Trump comparou o território brasileiro com a Suécia, que não decretou quarentena e insistiu em medidas voluntárias de distanciamento social e higiene pessoal, mantendo o país aberto, o que resultou em uma quantidade maior de casos em relação às nações vizinhas. “Se você olha para o Brasil, eles estão num momento bem difícil.   

E, falando nisso, continuam falando da Suécia. Voltou a assombrar a Suécia. A Suécia também está passando por dificuldades terríveis. Se tivéssemos agido assim, teríamos perdido 1 milhão, 1,5 milhão, talvez 2,5 milhões ou até mais”, afirmou.   

Apesar da declaração, o presidente americano inicialmente havia minimizado a ameaça do coronavírus, que, até o momento, já matou mais de 108 mil pessoas nos EUA. Segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins, o país lidera o ranking com mais mortes e casos da Covid-19 em todo o mundo. “Fechamos nosso país. Salvamos, possivelmente, 2 milhões, 2,5 milhões de vidas. Poderia ser só um milhão de vidas, acho que não menos que isso. Mas se considerarmos que estamos em 105 mil hoje em dia, o número de vítimas seria pelo menos 10 vezes maior. É o que se acredita como mínimo se fizéssemos (imunidade de) rebanho”, comentou.   

O Brasil, por sua vez, ultrapassou a Itália em número de óbitos e assumiu a terceira colocação na lista, com 34.021 vítimas.   

Além disso, o país é o segundo com mais pessoas contaminadas.   

Neste momento, inclusive, tem a maior taxa de aceleração da doença e tem sido considerado o epicentro do novo coronavírus em todo o planeta.   

Apesar do crescimento na quantidade de mortes e casos, diversas regiões estão anunciando planos para afrouxar a quarentena e retomar as atividades econômicas. (ANSA)