Trump cita Brasil como bom exemplo em decreto que muda regra eleitoral dos EUA

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Foto: REUTERS/Leah Millis

O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou um decreto nesta terça-feira, 25, que impõe alterações nas eleições americanas. O documento prevê um controle mais rigoroso no registro de eleitores e restringe o voto por correio no país. A ordem executiva cita o Brasil como um bom exemplo por aplicar a biometria.

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“A Índia e o Brasil, por exemplo, estão vinculando a identificação dos votantes em uma base de dados biométrica, enquanto os Estados Unidos dependem em grande parte da autodeclaração de cidadania”, pontuou o decreto. O documento ainda cita processos eleitorais de outros países para defender a alteração do modelo de registro de eleitores nos EUA.

A ordem de Trump visa estabelecer a exigência da apresentação de documentos como uma prova de cidadania, passaporte ou carteira de motorista por parte do eleitor quando for se registrar.

Apenas cidadãos americanos podem votar nas eleições federais, mas nem todos os estados exigem esses documentos. Alguns deles usam outros métodos para verificar a identidade do eleitor.

A ordem executiva deseja impedir que estrangeiros “interfiram” nas votações do país. Trump nunca reconheceu sua derrota na eleição presidencial de 2020, e denunciou uma fraude eleitoral generalizada naquela ocasião, principalmente na votação pelo correio, um método amplamente utilizado nos Estados Unidos.

“Talvez algumas pessoas achem que eu não deveria reclamar, porque tivemos uma vitória esmagadora em novembro passado, mas temos que corrigir nossas eleições. Este país está muito doente por causa das eleições, das eleições falsas”, disse Trump na Casa Branca, ao assinar o decreto.

Para especialistas, o texto constitui um abuso de poder do Executivo, e associações civis prometeram impugná-lo nos tribunais.

*Com informações da AFP