O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que os reféns israelenses serão libertados pelo Hamas no início da semana que vem e mostrou otimismo a respeito de uma paz “duradoura” na Faixa de Gaza.
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O magnata republicano falou sobre o assunto ao abrir uma reunião de governo na Casa Branca e disse que tentará ir ao Egito para uma cerimônia oficial de assinatura do acordo, cuja primeira fase foi firmada pelas partes em conflito na manhã desta quinta (9), segundo Israel.
“Vou tentar ir até lá, e estamos discutindo o momento exato”, disse Trump. “Colocamos fim à guerra em Gaza, e acho que será uma paz duradoura”, declarou Trump, acrescentando que os reféns “serão libertados na segunda [13] ou na terça [14]”.
Estima-se que 48 israelenses ainda estejam sob poder do Hamas, dos quais apenas 20 estariam vivos. A expectativa é que os reféns que sobreviveram ao cativeiro sejam soltos de uma só vez, sem cerimônias de exposição por parte do grupo islâmico.
Em troca, Israel vai libertar aproximadamente 2 mil prisioneiros palestinos, incluindo 250 condenados à prisão perpétua e 1,7 mil detidos durante os dois anos de guerra.
O acordo também prevê a retirada das Forças de Defesa Israelenses (IDF) para trás da chamada “linha amarela”, ocupando um perímetro entre 1,5 e 5 quilômetros a partir da fronteira de Gaza, mas elas devem manter o controle de 53% do território do enclave, incluindo Rafah, na fronteira com o Egito.
O cessar-fogo ainda deve permitir a entrada de 400 caminhões de ajuda humanitária por dia em Gaza, porém as questões relativas ao desarmamento do Hamas e à gestão do enclave serão enfrentadas nas próximas rodadas das negociações. No cessar-fogo do início do ano, não houve avanço nesses temas, e o conflito foi retomado por Israel.
Ainda assim, durante o pronunciamento desta quinta, Trump assegurou que a Faixa de Gaza será “reconstruída”, com apoio dos “países árabes ricos” do Golfo Pérsico.