O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cancelou nesta quinta-feira (24) a reunião histórica com o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, que estava prevista para o dia 12 de junho em Singapura. O republicano enviou uma carta a Kim na qual diz que tomou a decisão com base na “tremenda raiva e hostilidade aberta” manifestada em uma declaração recente feita por autoridades norte-coreanas. De acordo com o texto, Trump disse que “estava aguardando muito estar lá” com o ditador norte-coreano, mas sente que ‘”é inapropriado, neste momento, realizar essa reunião há muito tempo planejada”. O chefe de Estado norte-americano ainda ressaltou que tomou a decisão “pelo bem das duas partes, mas em detrimento do mundo”.

“O mundo e, em particular a Coreia do Norte, perde “uma grande oportunidade para uma paz duradoura”. “Este é um momento muito triste para a história”.

O anúncio de Trump ocorre no mesmo dia em que a Coreia do Norte destruí seu centro de testes nucleares de Punggye-ri, após ter acordado iniciar o processo de “desnuclearização” na cúpula com a Coreia do Sul, no último dia 27 de abril. Na última quarta-feira (23), Pyongyang disse que dependia dos Estados Unidos a decisão de se encontrar “na mesa de negociação ou no confronto nuclear”.

“Você fala sobre suas capacidades nucleares, mas a nossa é tão massiva e poderosa que rezo a Deus para que ela nunca precise ser usada”, respondeu Trump na carta. Hoje, em mais uma polêmica, a vice-chanceler da Coreia do Norte, Choe Son-hui, fez diversas críticas ao governo de Trump e chamou o vice-presidente norte-americano, Mike Pence, de “político burro” após falar que Pyongyang pode acabar como a Líbia.