O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (25) Stephanie Grisham como sua nova secretária de Imprensa.

Até agora, Stephanie era porta-voz da primeira-dama, Melania, que divulgou a novidade em sua conta no Twitter.

“Fico feliz por anunciar que @StephGrisham45 (Grisham) será a próxima @PressSec (secretária de imprensa) e diretora de comunicação!”, escreveu a primeira-dama. “Estava conosco desde 2015: para @POTUS (Donald Trump) e eu não nos ocorre melhor pessoa para servir à Administração e ao nosso país”.

Trump tuitou afirmando que Grisham fará um “trabalho fantástico”. “Lida muito bem com a imprensa e muita gente da mídia adora ela”.

Stephanie Grisham substitui Sarah Sanders, que era criticada por fazer poucas coletivas com os jornalistas responsáveis pela cobertura da Casa Branca, além de ser acusada de mentir para a imprensa.

Grisham é uma funcionária leal a Trump, com quem começou a trabalhar na campanha presidencial em 2015. Em seguida, ganhou a reputação de profissional rígida no período em que esteve a serviço da primeira-dama.

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As atividades de Melania Trump na Casa Branca, principalmente uma campanha para ajudar as crianças batizada como #BeBest, recebem pouca atenção da imprensa.

Mas Grisham revelou a influência da primeira-dama durante uma disputa em novembro passado quando Melania Trump ordenou a demissão da assessora adjunta de segurança nacional, Mira Ricardel.

De acordo com as informações, a disputa começou quando Ricardel reclamou da distribuição de assentos no avião presidencial que levou Melania Trump para uma viagem por quatro países da África, na primeira atividade oficial na qual a primeira-dama exerceu sozinha no exterior.

Numa decisão incomum, Grisham divulgou em seguida uma declaração sobre Ricardel na qual dizia: “O gabinete da Primeira-Dama considera que já não merece a honra de servir nesta administração”.

– Sombras no trabalho de Sanders –

O trabalho de Sanders deixa mais sombras do que luzes.

Trump anunciou a saída de Sanders no início deste mês através de uma postagem no qual a classificou como “guerreira”. Mas a atuação dela à frente da comunicação presidencial foi marcada por mais pontos negativos do que positivos.

Seca, por vezes ácida, Sanders não era propensa a lapsos quase cômicos que envergonharam seus antecessores no cargo, como Anthony Scaramucci, que foi porta-voz de Trump por pouco tempo.

Mas suas constantes críticas à cobertura da Casa Branca, fazendo coro às opiniões de Trump em relação às matérias que considerava desfavoráveis ou até mesmo “falsas”, geraram um clima tenso com a imprensa.

Sanders não buscou amenizar a relação com os meios de comunicação, considerados pelo presidente como “o inimigo do povo”.

Para muitos, a ex-assessora foi a responsável pelo fim do encontro diário com os jornalistas, um evento que era uma rotina em governos anteriores.


Grisham demostrou apoio a Sanders, ao escrever sobre a saída da profissional que “sentiria falta de seu sincero amor pelo país e seu grande sentido de humor na @WhiteHouse (Casa Bvanca)”.

Até agora, não há qualquer tipo de informação sobre qual linha de trabalho que Grisham irá adotar à frente da comunicação da Casa Branca.

Trump desdenha dos principais veículos de comunicação e afirma que prefere interagir com o público através do Twitter e outras redes sociais, assumindo o papel de seu próprio secretário de imprensa.


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