O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na sexta-feira (25) que chegou a um acordo com o grupo chinês de telecomunicações ZTE.

“Fechei (a ZTE) e agora vamos permitir que reabra sob importantes garantias de segurança e, em troca, sua direção e conselho de administração se comprometem a comprar componentes americanos e a pagar uma multa de 1,3 bilhão de dólares”, escreveu Trump no Twitter.

O presidente criticou a política econômica de seus predecessores, que permitiu que “a empresa de telecomunicações ZTE prosperasse sem controles de segurança”, e denunciou os democratas por seus acordos comerciais.

Acusada de violar compromissos do embargo comercial contra o Irã e a Coreia do Norte, a ZTE foi multada em 2017 em 1,2 bilhão de dólares e, em abril passado, sofreu a proibição de Washington de exportar componentes eletrônicos norte-americanos, fundamentais para sua produção.

A proibição, decretada pelo prazo de sete anos, levou o grupo chinês a suspender o grosso de suas atividades e colocou em risco 75 mil empregos.

A sanção afetou por tabela as empresas americanas que vendiam componentes eletrônicos para a ZTE, admitiu Trump nesta sexta-feira.

Recentemente, o presidente chinês, XI Jinping, pediu a Trump que suspendesse as sanções sobre a ZTE.

Diversos legisladores reprovaram o eventual acordo anunciado por Trump.

“Seria uma terrível traição ao povo americano”, comentou a líder da bancada democrata na Câmara dos de Representantes, Nancy Pelosi.

“O presidente Trump estaria permitindo à China recuperar sua grandeza”, ironizou o senador democrata Chuck Schumer.

Marco Rubio, senador republicano pela Flórida, disse que o acordo seria “bom… Para a ZTE e a China”.

“A China esmaga sem piedade as empresas americanas e utiliza essas empresas de telecomunicações para nos espiar e roubar”, criticou Rubio no Twitter.