O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, advertiu o Hamas, neste sábado (4), que “não vai tolerar nenhum atraso” na aplicação do seu plano para a libertação dos reféns que o grupo islamista palestino mantém na Faixa de Gaza.
O enviado de Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff, e o genro do presidente, Jared Kushner, viajam ao Egito para finalizar os diálogos sobre as condições de libertação dos reféns, anunciou a Casa Branca neste sábado.
+ Gaza relata intenso bombardeio de Israel após Trump pedir cessar-fogo
Trump expressou satisfação em uma mensagem publicada em sua plataforma, Truth Social, de que “Israel tenha interrompido temporariamente os bombardeios para dar uma oportunidade para que a libertação dos reféns e um acordo de paz se concretizem”.
No entanto, o exército israelense anunciou, neste sábado, que continuava com suas operações na Faixa de Gaza, onde a Defesa Civil, sob a autoridade do Hamas, reportou um “violento” bombardeio noturno israelense que deixou seis mortos.
“O Hamas deve agir rapidamente. Caso contrário, todas as opções serão consideradas. Não vou tolerar nenhum atraso”, acrescentou Trump, que também descartou “qualquer resultado no qual Gaza siga representando uma ameaça” para Israel.
“Vamos fazê-lo rápido”, insistiu, referindo-se à implementação de seu plano, que inclui um cessar-fogo, a libertação dos reféns em 72 horas, a retirada gradual do exército israelense de Gaza, o desarmamento do Hamas e o exílio de seus combatentes.
Na sexta-feira, o magnata republicano instou Israel a “cessar de imediato o bombardeio de Gaza” para permitir a libertação dos reféns, após o anúncio do Hamas de que aceitava seu plano de paz.
Diálogos devem começar no domingo
Veículos de imprensa vinculados ao Estado egípcio informaram que o movimento islamista palestino Hamas e Israel terão diálogos indiretos no domingo e na segunda-feira, no Cairo, sobre a libertação dos reféns retidos em Gaza e os prisioneiros palestinos.
As duas delegações “começaram a se deslocar para iniciar diálogos no Cairo amanhã e depois de amanhã [domingo e segunda], para debater a organização das condições no terreno para a troca de todos os detidos e presos, de acordo com a proposta de [o presidente americano, Donald] Trump”, reportou o Al-Qahera News, veículo vinculado ao serviço de inteligência do Egito.