O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou nesta quarta-feira (17) a Rússia de minar as sanções impostas à Coreia do Norte e de debilitar os esforços para deter seu programa nuclear

“A Rússia não está nos ajudando em nada com a Coreia do Norte”, declarou Trump. “No que a China nos ajuda, a Rússia nos prejudica”.

Trump já denunciou em dezembro de 2017 que a Rússia não colaborava com as tentativas globais por pressionar Pyongyang para que contenha o desenvolvimento de seu programa nuclear e de mísseis.

O presidente culpa a investigação das autoridades americanas sobre a suposta ingerência russa nas eleições americanas de 2016 pelo deterioramento das relações bilaterais e a consequente redução de sua influência sobre o presidente Vladimir Putin.

“Posso fazer muito, mas agora não tenho grande relação com a Rússia (…). Assim, o resultado não é tão bom quanto poderia ser”, disse Trump em referência ao líder russo.

Por outro lado, o presidente denunciou o suposto roubo de propriedade intelectual americana por parte da China, um tema que está sendo investigado desde agosto do ano passado.

“Estamos trabalhando em uma possível grande multa sobre propriedade intelectual, que será anunciada em breve”, antecipou, sem entrar em detalhes.

Trump se negou a revelar se conversou diretamente com o líder norte-coreano, Kim Jong-Un, com quem travou uma guerra verbal nos últimos meses.

“Me sentaria para conversar, mas não estou certo de que isto resolveria o problema”.

“Não estou seguro de que negociações levem a algo significativo. Conversamos nos últimos 25 anos e eles se aproveitaram dos nossos presidentes”.

Trump avaliou que a Coreia do Norte está se aproximando da capacidade de atingir os Estados Unidos com algum tipo de míssil balístico intercontinental. “Ainda não conseguiram, mas estão cada dia mais perto”.

Trump celebrou que Coreia do Sul e do Norte retomaram as negociações e se mostrou aberto à participação dos Estados Unidos sob as circunstâncias adequadas.

As duas Coreias concordaram nesta quarta-feira em desfilar juntas sob uma mesma bandeira na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de inverno na cidade sul-coreana de Pyeongchang, como sinal de alívio das tensões.