O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, anunciou ter pedido ao presidente iraniano, Hasan Rohani, “transparência total” sobre o Boeing ucraniano abatido por um míssil iraniano, durante uma conversa telefônica neste sábado.

“Nesta manhã falei com o presidente iraniano Rohani e lhe disse que a confissão do Irã era um passo importante para dar respostas às famílias, mas que outras medidas devem ser tomadas”, disse Trudeau.

“É necessária uma transparência total sobre as razões que provocaram uma tragédia tão horrível”.

“O que o Irã reconheceu é muito sério, abater um avião comercial é horrível, o Irã deve assumir total responsabilidade”, afirmou Trudeau.

O primeiro-ministro disse estar “escandalizado e furioso” e que “isso nunca deveria ter acontecido, mesmo em um período de tensões crescentes”.

Trudeau também anunciou que uma equipe de investigadores do país chegará a Teerã nas próximas horas a fim de “estar presente no terreno para apoiar as famílias canadenses”.

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“Três vistos foram aprovados para membros da equipe”, que deve chegar por volta das 16h00 (horário local), informou Trudeau. “Outros membros da equipe chegarão mais tarde”, acrescentou.

Segundo o premiê, os “iranianos estão cooperando na entrega dos vistos”.

O Canadá rompeu relações diplomáticas com o Irã em 2012 pelo apoio de Teerã ao governo sírio de Bashar al Assad.

O voo PS752 da Ukraine Airlines International (UAI) foi abatido a oeste de Teerã na quarta-feira, logo após sua decolagem. As vítimas são na maioria iraniano-canadenses, embora também haja afegãos, bretões, suecos e ucranianos.

O Irã se desculpou neste sábado por derrubar o Boeing 737 por “erro”, uma versão que negava repetidamente.

Teerã culpou os Estados Unidos por essa tragédia, que em 3 de janeiro matou o general e o número dois da República Islâmica em um ataque de drone perto de Bagdá por ordem do presidente Donald Trump.

O Irã lançou na quarta-feira vários mísseis em bases onde existem soldados americanos no Iraque.


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