As tropas ucranianas estão começando a ficar sem munição e mão de obra diante da ofensiva contínua da Rússia, disse o conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, nesta quarta-feira (14).

“Recebemos cada vez mais relatos de tropas ucranianas racionando ou até mesmo ficando sem munição nas linhas de frente”, à medida que as forças russas atacam por terra e pelo ar no país vizinho, disse Sullivan em uma coletiva de imprensa.

“A cada dia que passa, o custo da inação americana aumenta para os bravos ucranianos na linha de frente”, continuou Sullivan, pedindo ao Congresso norte-americano que aprove “rapidamente” um novo pacote de ajuda militar para Kiev.

Ele observou que os ucranianos “ficarão em uma posição mais fraca se não receberem a munição, os sistemas de defesa aérea e outros equipamentos de que precisam”.

Nesta quarta-feira, o novo comandante-chefe do Exército ucraniano, Oleksandr Sirski, enfatizou, após uma viagem às linhas de frente, que a situação no campo de batalha é “extremamente complexa”, pois a Ucrânia não tem homens e armas suficientes para enfrentar a supremacia das tropas russas invasoras.

Na terça-feira, o líder da oposição republicana na Câmara dos Representantes, Mike Johnson, se recusou a levar à votação um projeto de lei de ajuda à Ucrânia que acabara de ser adotado pelo Senado, o outro braço do Congresso norte-americano.

Sem a aprovação de um novo pacote de ajuda, a assistência dos EUA às forças armadas da Ucrânia – interrompida desde o final de dezembro – não poderá ser retomada.

O pacote, que é objeto de um debate acirrado, prevê 95 bilhões de dólares (472 bilhões de reais) em ajuda militar, mas a serem divididos em três partes: 60 bilhões de dólares (298 bilhões de reais) para a Ucrânia, 14 bilhões de dólares (69 bilhões de reais) para Israel e o restante dos fundos para Taiwan.

Esse impasse, além do debate parlamentar, está centrado em uma queda de braço entre o presidente dos EUA, Joe Biden, e seu antecessor, o magnata republicano Donald Trump (2017-2021), que serão os prováveis candidatos de seus respectivos partidos nas eleições presidenciais de novembro.

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