MILÃO, 28 JUN (ANSA) – Em um sinal de trégua entre os dois principais acionistas da TIM, o ex-CEO da operadora Amos Genish, que havia sido demitido do cargo em novembro de 2018, renunciou nesta quinta-feira (27) a seu assento no conselho de administração da empresa.   

Em votação por unanimidade, ele deu lugar a outro executivo indicado pelo grupo francês Vivendi, maior acionista da TIM: Frank Cadoret, “número dois” da emissora Canal+.   

Em uma nota, o conselho de administração da TIM elogia a “renovação do diálogo” da Vivendi com a gestora de recursos americana Elliott, que hoje controla a empresa, e torce pelo “prosseguimento” da cooperação entre os acionistas.   

Apesar de ser dona da maior fatia da TIM, 23,94%, a Vivendi perdeu o controle do conselho de administração em maio de 2018, após a Elliott, que tem 9,55% das ações, ter vencido uma eleição entre os acionistas.   

A gestora teve apoio do governo italiano, representado pela Cassa Depositi e Prestiti (9,89%), espécie de BNDES do país europeu, e, seis meses depois, conseguiu fazer o conselho demitir Genish, que havia sido indicado como CEO pela Vivendi.   

A votação desta quinta-feira, no entanto, coloca panos quentes na disputa acionária entre os dois grupos. “Elliott aprova a nomeação de Frank Cadoret ao conselho da TIM. Cadoret traz um vasto conhecimento em tecnologia, mídia e telecomunicações”, disse um porta-voz da gestora americana.   

“O anúncio é um sinal positivo de que se está caminhando na direção certa”, reforçou um porta-voz da Vivendi. (ANSA)