Tribunal sul-africano suspende enterro de ex-presidente de Zâmbia

Um juiz sul-africano suspendeu nesta quarta-feira (25), em plena cerimônia, o enterro do ex-presidente zambiano Edgar Lungu, agravando a disputa entre a família e o governo.

Edgar Lungu, que faleceu em 5 de junho na África do Sul – onde recebia tratamento médico -, foi rival do atual presidente Hakainde Hichilema, que pretendia organizar um funeral de Estado para seu antecessor.

A família de Lungu expressou oposição ao plano e impediu a repatriação do corpo, alegando que ele não teria desejado a presença de Hichilema em seu funeral. Como resposta, o governo zambiano apresentou uma ação judicial para impedir a organização da cerimônia.

Quando a viúva de Lungu e outras pessoas já estavam reunidas na igreja, um juiz do Tribunal Superior de Gauteng declarou que, após um acordo entre as partes, “os réus se comprometem a não prosseguir com o funeral, nem o enterro do ex-presidente”.

O caso será examinado em 4 de agosto, afirmou o juiz na decisão citada pela televisão nacional sul-africana SABC, que também exibia ao vivo a cerimônia em homenagem a Edgar Lungu, presidente da Zâmbia entre 2015 e 2021.

O adiamento “prolonga a dor e o sofrimento sentidos pela família e pelo povo”, declarou ao canal SABC News o parlamentar zambiano Chanda Katotobwe, presente na cerimônia.

As causas da morte do ex-presidente, que tinha 68 anos, não foram divulgadas. O partido de Lungu, a Frente Patriótica, informou que ele estava recebendo atendimento médico em uma clínica em Pretória.

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