Um tribunal federal dos Estados Unidos determinou que o Twitter, agora X, violou contratos ao não pagar bônus anuais por desempenho que prometeu verbalmente aos seus funcionários.

O processo por não cumprimento de contrato foi apresentado em junho pelo ex-funcionário Mark Schobinger em tribunais do estado da Califórnia e foi aceito na sexta-feira pelo juiz distrital americano Vince Chhabria, da Corte da cidade de San Francisco. O X ainda pode recorrer da decisão.

“Schobinger apresentou de maneira plausível uma reivindicação por quebra de contrato de acordo com a lei da Califórnia. Alega que o Twitter verbalmente prometeu pagar a cada funcionário uma parte do bônus previsto”, fundamentou o juiz Chhabria.

“E ao supostamente se recusar a pagar a Schobinger o bônus prometido, o Twitter violou esse contrato”, sentenciou.

A ação original afirmava que o Twitter havia prometido aos funcionários um bônus de desempenho em 2022, caso permanecessem na empresa até a última data de pagamento possível, que era o primeiro trimestre deste ano.

O tribunal rejeitou as tentativas do Twitter de arquivar o caso e determinou que a ação de Schobinger por quebra de contrato é válida com base na legislação da Califórnia.

A rede social, agora propriedade do magnata Elon Musk, também proprietário da montadora Tesla e da empresa aeroespacial SpaceX, enfrenta atualmente vários problemas, incluindo uma investigação da União Europeia com base em uma lei projetada para combater a desinformação e comentários de ódio, críticas severas à sua resposta aos recentes distúrbios em Dublin e uma saída de anunciantes de renome.

A empresa agora vale menos da metade dos 44 bilhões de dólares (227 bilhões de reais na cotação da época) que Musk pagou por ela em outubro de 2022, de acordo com documentos internos enviados aos funcionários e divulgados pela publicação de tecnologia The Verge.

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