Depois de impor-lhe esta semana penas de 10 e 14 anos de prisão, a Justiça paquistanesa declarou ilegal, neste sábado (3), o casamento do ex-primeiro-ministro Imran Khan com sua terceira esposa, no marco da lei islâmica, e impôs a ambos uma pena de sete anos de prisão.

“Este caso vergonhoso é ilógico. Tudo isso está acontecendo por motivos políticos”, disse seu advogado Gohar Ali Khan, acrescentando que a condenação e as penas de prisão serão contestadas em tribunal.

Os dois se casaram em 2018, meses antes de Khan ser eleito primeiro-ministro.

Trata-se da terceira condenação contra Khan esta semana. Na quarta-feira, ele foi condenado a 14 anos de prisão por presentes recebidos durante sua gestão. Na terça, foi condenado a 10 anos de prisão por divulgar documentos confidenciais.

Khan, de 71 anos e preso desde agosto, já estava inabilitado para participar das eleições legislativas e provinciais de 8 de fevereiro, devido a uma condenação por corrupção proferida no ano passado.

Este ex-jogador profissional de críquete é muito popular no Paquistão, especialmente entre os jovens. Khan foi destituído do cargo de primeiro-ministro por uma moção de censura em abril de 2022, após ter perdido o apoio do Exército.

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