Um tribunal italiano ordenou, nesta quinta-feira (28), que o Uber Eats Itália reverta as demissões de cerca de 4.000 entregadores que ocorreram no verão e condenou a plataforma por não ter consultado adequadamente os sindicatos, de acordo com associações de defesa dos trabalhadores.

Em junho, o Uber anunciou que estava encerrando as entregas de comida por meio de seu aplicativo Uber Eats na Itália devido a um crescimento abaixo do projetado.

Um comunicado conjunto dos sindicatos NIdiL Cgil, Filcams Cgil e Filt Cgil informou que cerca de 4.000 entregadores perderam seus empregos.

O tribunal de Milão condenou o Uber Eats Itália nesta quinta-feira por “conduta antissindical” devido ao seu fracasso em consultar adequadamente os sindicatos, conforme declarado no comunicado.

A empresa deve reverter as demissões e iniciar negociações com os sindicatos, conforme determinado pelo tribunal.

“É significativo que, pela primeira vez na Itália, a regulamentação de deslocalização de multinacionais esteja sendo aplicada, tornando-as responsáveis nos processos de reestruturação”, afirma o documento.

“Isso mais uma vez demonstra que todos os direitos dos trabalhadores assalariados devem ser aplicados aos entregadores”, acrescentou.

Os 27 Estados-membros da União Europeia apoiaram em junho planos que poderiam obrigar empresas como Uber e Deliveroo a tratar seus trabalhadores como funcionários, em uma possível revisão radical do modelo de negócios da economia compartilhada.

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