Um tribunal da Índia rejeitou, nesta sexta-feira (30), um recurso do Twitter contra uma ordem de eliminar conteúdo crítico ao governo do primeiro-ministro, Narendra Modi, e impôs à rede social o pagamento de 61.000 dólares (aproximadamente R$ 297 mil na cotação atual).

Essa decisão da justiça ocorre semanas depois de o ex-conselheiro delegado da rede social, Jack Dorsey, dizer que as autoridades haviam ameaçado “fechar o Twitter na Índia” e invadir as casas de seus funcionários se não cumprissem com o pedido de retirada de conteúdo.

A Suprema Corte do estado de Karnataka, onde está a sede do Twitter no país, rejeitou o recurso por “falta de fundamentos” e impôs à rede social o pagamento de cinco milhões de rúpias (U$$ 61 mil ou R$ 297 mil), informou o portal de notícias judiciais LiveLaw.

Dorsey, que é um dos cofundadores do Twitter e deixou o cargo de conselheiro delegado em 2021, afirmou que, durante o período em que esteve no comando da empresa, recebeu constantes pressões das autoridades indianas.

As autoridades do país asiático habitualmente recorrem ao bloqueio da internet quando ocorrem distúrbios, e, em 2019, impuseram, na região da Caxemira, um corte que durou quatro meses durante uma operação de segurança. A Índia disputa o controle dessa região com o Paquistão.

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