Tribunal indiano declara culpados 24 réus por massacre de muçulmanos em 2002

Um tribunal indiano declarou culpados 24 réus pelo massacre de muçulmanos durante os distúrbios religiosos de 2002 no estado de Gujarat, governado na época pelo atual primeiro-ministro Narendra Modi.

O juiz os considerou culpados pela morte, a facadas e queimados, de 69 muçulmanos que estavam refugiados em uma residência da cidade de Ahmedabad.

Os distúrbios deixaram mais de mil mortos. Narendra Modi é acusado de não ter reagido de maneira dura à espiral de violência, mas ele rejeita a acusação.

Os parentes das vítimas celebraram a decisão judicial.

“Estou feliz porque 24 acusados foram declarados culpados, mas triste porque outros 26 foram absolvidos. É uma justiça parcial, mas lutarei até o fim”, declarou Zakia Jafri, que perdeu o marido no massacre.

A acusação pediu prisão perpétua para todos os acusados, processados por terem incendiado o imóvel da Gulbarg Society e pela morte a facadas dos muçulmanos que estavam no local.

As penas serão divulgadas posteriormente.

A onda de violência começou após a morte, em fevereiro de 2002, de 59 peregrinos hindus em um incêndio em um trem, ato atribuído aos muçulmanos.

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