PARIS, 19 DEZ (ANSA) – O Tribunal de Paris rejeitou o pedido do Estado francês para suspender a plataforma asiática de comércio eletrônico Shein no país, considerando a medida “desproporcional”, especialmente após a empresa ter retirado voluntariamente de seu site os produtos considerados ilícitos.
A descoberta de armamentos, medicamentos não autorizados e bonecas sexuais com aparência infantil levou o governo francês a defender uma ação mais severa: o bloqueio do site da Shein até que a empresa passasse a cumprir integralmente as regulamentações locais.
Os magistrados reconheceram a existência de “riscos graves à ordem pública, à proteção de menores e à saúde e segurança de potenciais compradores e terceiros”. No entanto, o tribunal destacou que os produtos controversos disponibilizados no marketplace da Shein tiveram caráter “episódico” e foram removidos após denúncia das autoridades francesas.
Os juízes também advertiram a Shein para que não volte a comercializar “produtos sexuais de natureza pornográfica sem a implementação de mecanismos eficazes de verificação de idade”.
Apesar da decisão, o governo francês anunciou que irá recorrer da sentença do Tribunal de Paris. (ANSA).