04/09/2020 - 9:33
WASHINGTON, 4 SET (ANSA) – Sete anos depois das revelações do ex-analista da Agência de Segurança Nacional (NSA) Edward Snowden sobre um programa de monitoramento em massa dos cidadãos, um tribunal de segunda instância dos Estados Unidos considerou a ação ilegal.
Segundo os juízes do 9º Circuito do Tribunal de Recursos de São Francisco, os líderes dos serviços de Inteligência “mentiram” sobre o recolhimento e o uso de metadados obtidos através de milhões de telefonemas e consideraram que eles violaram o Ato de Vigilância dos Serviços de Informação Estrangeiros.
No entanto, a sentença tem poucos efeitos práticos, pois esse recolhimento de informações da NSA foi interrompido em 2015 após o Congresso norte-americano ter aprovado o chamado “Freedom Act” que proíbe esse tipo de programa.
“Sete anos atrás, quando o noticiário declarou que eu estava sendo acusado como um criminoso por falar a verdade, eu nunca imaginei que eu iria viver para ver nossos tribunais condenando as atividades da NSA como ilícitas e, na mesma decisão, me darem o crédito por expor tudo. E, ainda assim, esse dia chegou”, postou em sua conta no Twitter.
Snowden vive em exílio na Rússia desde que denunciou o caso. À época, ele revelou para jornais do país e do Reino Unido as atividades de espionagem da NSA tanto de cidadãos norte-americanos como de estrangeiros – incluindo diversos líderes políticos ao redor do mundo. (ANSA).