Comédia de humor negro do sueco Ruben Östlund faz crítica ácida ao mundo do super ricos. Festival também registrou empates nas categorias de Grande Prêmio e Prêmio do Júri.O longa Triangle of Sadness, de Ruben Östlund, conquistou neste sábado (28/05) a Palma de Ouro, o principal prêmio do Festival de Cannes, na França, que neste ano teve sua 75ª edição.

O filme prevaleceu contra 20 outros longas da competição na seleção feita pelo júri.

Triangle of Sadness é uma sátira ao mundo dos influenciadores e dos super ricos. Parte da ação acontece em um iate de luxo, que é sequestrado por piratas. Alguns dos passageiros ficam presos em uma ilha onde as hierarquias são invertidas. Com esse enredo, o filme aborda o absurdo do capitalismo, relações de poder e desigualdade social.

A produção foi ovacionada por oito minutos após sua exibição no festival. A obra tem produção do brasileiro Rodrigo Teixeira.

Essa é a segunda vez que o diretor sueco recebe a Palma de Ouro, repetindo feito de 2017, quando foi reconhecido por The Square: A Arte da Discórdia. À época, o prêmio causou surpresa, já que, até então, era considerado raro na história do festival uma comédia arrebatar o troféu máximo.

No palco do Palácio de Festivais, Östlund afirmou que, sua intenção com Triangle of Sadness era “fazer algo que interessasse ao público e que o fizesse refletir com provocação”. O diretor sueco recebeu a Palma de Ouro das mãos do diretor mexicano Alfonso Cuarón e do presidente do júri de Cannes, o ator francês Vincent Lindon.

Esta é a primeira obra em inglês do diretor. O filme tem no elenco Woody Harrelson, Harris Dickinson e Charlbi Dean.

Também concorriam na categoria principal Armageddon Time, de James Gray; Crimes of the future, de David Cronenberg; Decision to leave, de Park Chan-Wook; Nostalgia, de Mario Martone; Showing up, de Kelly Reichardt; Les amandiers, de Valeria Bruni Tedeschi; entre outros filmes, de um total de 21 longas. Nesta edição, o festival contou com cinco indicações de filmes dirigidos por mulheres – maior número da história do evento.

Em outras categoerias, houve um empate no Grande Prêmio, entre Close, de Lukas Dhont, e Stars at Noon, de Claire Denis. O Prêmio do Júri, por sua vez, também foi dividido entre EO, do polonês Jerzy Skolimowski, e The Eight Mountains, dos belgas Felix van Groeningen e Charlotte Vandermeersch.

Já Park Chan-wook foi escolhido o melhor diretor por Decision to Leave.

jps (EFE, ots)