As autoridades russas relataram, nesta quarta-feira (20), a “situação difícil” de 13 mineradores, presos por mais de 48 horas em uma mina de ouro na região de Amur, no Extremo Oriente da Rússia.

Na segunda-feira, ao meio-dia, ocorreu um deslizamento de terra que deixou estes mineradores, especializados em cavar túneis a cerca de 125 metros de profundidade, soterrados. Nesta quarta-feira, cerca de 220 socorristas conseguiram retirar um terço dos escombros, segundo o canal russo Rossia 24.

“O trabalho de resgate continua pelo segundo dia consecutivo (…) A situação ainda é muito complicada”, escreveu o governador regional, Vasili Orlov, no Telegram, acrescentando que ainda “não há contato com os mineradores”.

O trabalho é complicado devido à chegada “permanente” de águas subterrâneas à mina, disse Orlov, razão pela qual “as operações de bombear água não param por um segundo”.

O Ministério de Situações de Emergência da Rússia divulgou imagens de equipes de resgate indo para a mina danificada em uma área nevada, onde as temperaturas chegavam a -20 ºC à noite, segundo os serviços meteorológicos.

O governador regional indicou que um novo grupo de 30 socorristas, “especializados exatamente neste tipo de acidente”, chegou nesta quarta-feira vindo de Kuznetsk, outra região mineradora russa.

As imagens também mostravam impressionantes equipamentos de perfuração sendo transportados para o local.

Os trabalhos de perfuração na área onde os mineradores supostamente estão presos começaram nesta quarta-feira, disse Orlov.

Esta etapa “permitirá baixar uma câmara para avaliar a situação e estabelecer linhas de comunicação” com os mineradores, explicou.

“A principal tarefa é salvar as pessoas, e então toda essa situação será objeto de uma análise e investigação minuciosas”, sublinhou o representante do Kremlin no Extremo Oriente, em comunicado.

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