08/02/2022 - 9:13
Treze milhões de pessoas no Quênia, Somália e Etiópia enfrentam um grave perigo de fome, no momento em que a região do Chifre da África enfrenta a pior seca em décadas, informou o Programa Mundial de Alimentos (PMA).
Nos últimos três anos não houve uma verdadeira estação de chuvas e a região enfrenta as piores secas desde 1981, informou a agência das Nações Unidas.
A seca destruiu plantações e provocou alta mortalidade animal, obrigando as famílias rurais – que vivem da pecuária e da agricultura – a abandonar suas casas.
A água e as pastagens são cada vez mais escassas e as previsões de chuvas estão abaixo da média para os próximos meses, o que aumenta a miséria, disse Michael Dunford, diretor regional do PMA para a África Oriental.
A ajuda alimentar é distribuída em uma faixa árida do Quênia, Etiópia e Somália, onde as taxas de desnutrição são elevadas e quase 13 milhões de pessoas correm o risco de passar fome no primeiro trimestre do ano.
Quase 5,7 milhões de pessoas precisam de ajuda alimentar no sul e sudeste da Etiópia, incluindo meio milhão de crianças e mães desnutridas.
Na Somália, o número de pessoas classificadas como sob risco de fome severa aumentará de 3,5 milhões a 4,6 milhões até maio, a menos que medidas urgentes sejam adotadas.
No sudeste e norte do Quênia, onde se declarou situação de emergência relacionada com a seca de setembro, outros 2,8 milhões de pessoas precisam de ajuda.
De acordo com o PMA são necessários 327 milhões de dólares para atender as necessidades imediatas durante os próximos seis meses e ajudar as comunidades de pastores a enfrentar as crises climáticas recorrentes.