Treze pessoas são detidas por incêndio que deixou mais de 150 mortos em Hong Kong

Parte das redes de proteção utilizadas nas obras de reforma de complexo residencial não seguia as normas de proteção contra incêndios

Pássaros voam próximos a prédios queimados do complexo habitacional Wang Fuk Court após o incêndio fatal, em Tai Po, Hong Kong, China, 30 de novembro de 2025. REUTERS/Maxim Shemetov
Pássaros voam próximos a prédios queimados do complexo habitacional Wang Fuk Court após o incêndio fatal, em Tai Po, Hong Kong, China, 30 de novembro de 2025. Foto: REUTERS/Maxim Shemetov

A polícia de Hong Kong informou nesta segunda-feira (1) que 13 pessoas foram detidas até o momento no âmbito da investigação sobre o incêndio em um complexo residencial que deixou pelo menos 151 mortos.

Chan Tung, chefe de polícia de Hong Kong, declarou à imprensa que os agentes “abriram imediatamente uma investigação por homicídio culposo”, o que levou à detenção de 13 pessoas, 12 homens e uma mulher, com idades entre 40 e 77 anos.

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As autoridades também indicaram que parte das redes de proteção utilizadas nas obras de reforma do complexo residencial não seguia as normas de proteção contra incêndios.

“A polícia coletou amostras de 20 pontos diferentes no complexo Wang Fuk, nos últimos dois dias”, explicou um funcionário de alto escalão do governo de Hong Kong, Eric Chan.

Segundo ele, as amostras de sete pontos, coletadas em quatro das sete torres incendiadas, “não cumpriam os padrões de proteção contra incêndios”.

O número de mortos na tragédia aumentou para 151, cinco a mais do que no balanço anterior.

“O número de mortes confirmadas chega a 151. Não podemos descartar que o número continue aumentando”, disse à imprensa outro comandante da polícia, Tsang Shuk-yin.