Um grupo de três premiados com o Nobel pediu neste sábado, durante uma visita à Coreia do Norte que coincide com o congresso do partido único, uma flexibilização das sanções contra este país e que afeta seu sistema de saúde.

A comunidade internacional reforçou as suas sanções contra a Coreia do Norte por seus recentes testes nucleares, quatro deles em janeiro. Segundo os especialistas, o país estaria preparando um quinto ensaio.

“A penicilina nunca contribuiu para fabricar bombas atômicas”, declarou o israelense Aaron Ciechanover, Prêmio Nobel da Química, depois de visitar hospitais e laboratórios em Pyongyang.

Junto ao norueguês Finn Kydland, Prêmio Nobel de Economia, e ao britânico Richard Roberts, Prêmio Nobel de Medicina, Aaron Ciechanover passou uma semana na Coreia do Norte em uma viagem humanitária.

As sanções não afetam diretamente a ajuda médica, mas as aplicadas pela Coreia do Sul têm o efeito de impedir que alguns medicamentos cheguem ao seu vizinho, de acordo com uma reportagem do jornal Washington Post.

“O embargo impede que os médicos tenham acesso aos produtos que necessitam”, disse Richard Roberts.

Dois dos três laureados com o Nobel indicaram que convidaram jovens pesquisadores norte-coreanos para trabalhar com eles.

Os estrangeiros raramente visitam a Coreia do Norte. Quando esses convites são acordados, o governo acompanha de perto as reuniões entre habitantes locais e estrangeiros.

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