Três polícias de elite permanecem detidos nesta terça-feira (8) na França pela morte de um homem de 27 anos durante os distúrbios que abalaram o país no final de junho e início de julho.

Cinco agentes do RAID foram levados sob custódia policial pela manhã, mas dois foram libertados no início da noite, informou o Ministério Público de Marselha (sudeste).

“Os outros três policiais estão sob custódia”, disse o promotor da cidade, Dominique Laurens.

No início de julho, quando o centro de Marselha sofreu uma onda de distúrbios e saques após a morte de um jovem durante um controle policial, Mohamed Bendriss, pai de uma criança e cuja esposa está grávida, morreu após passar mal enquanto dirigia em sua motocicleta.

Sua autopsia revelou uma marca no tórax que corresponderia ao impacto de uma bala de borracha usada pelas forças de segurança na França e popularmente conhecida como LBD ou “flash-ball”.

O Ministério Público de Marselha indicou em nota que os cinco agentes do RAID estão sob custódia policial a pedido de um juiz de instrução no âmbito de uma investigação aberta em 4 de julho.

A atuação policial é criticada na França há vários anos e as reclamações ressurgem com força em cada episódio de protestos violentos ou de distúrbios, como o registrado semanas atrás.

Em outro caso, ocorrido na mesma cidade, a Justiça acusou quatro policiais de “violência voluntária” após espancarem Hedi, um jovem de 22 anos, que teve que remover uma parte do crânio.

A prisão preventiva de um dos quatro policiais acusados desencadeou uma onda de protestos dentro da polícia, marcada pelo aumento de licenças médicas e serviços mínimos.

dac-tjc/zm/jc/aa/yr