Três palestinos morreram e 40 ficaram feridos nesta terça-feira (9) em uma operação das forças israelenses em Nablus, na Cisjordânia ocupada, informaram o ministério palestino da Saúde e o exército do Estado hebreu.

“O terrorista Ibrahim al Nabulsi morreu na cidade de Nablus”, afirma um comunicado militar de Israel em um comunicado, que também cita a morte de “outro terrorista” durante a operação.

Nabulsi era comandante da Brigada dos Mártires de Al Aqsa, um dos principais grupos militantes presentes na Cisjordânia que operam sob o partido governante Fatah.

A operação começou na casa de Nabulsi na cidade e Nablus, norte da Cisjordânia, território palestino ocupado pelo exército israelense desde 1967.

Ao menos 40 palestinos ficaram feridos, quatro deles em estado grave, segundo o ministério palestino da Saúde.

O exército israelense afirmou que os soldados “cercaram a casa do homem procurado” em Nablus e aconteceram “trocas de tiros”.

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A incursão aconteceu dois dias após o final de uma operação militar israelense contra o movimento armado palestino Jihad Islâmica na Faixa de Gaza, que terminou com 46 palestinos mortos, incluindo várias crianças, segundo as autoridades do território palestino.

Também foram registrados confrontos com o exército israelense em outras áreas de Nablus, onde os palestinos atiraram pedras contra os soldados.

Tiros foram ouvidos quando dezenas de veículos militares israelenses bloquearam uma das maiores cidades da Cisjordânia.

“Aconteceu um confronto violento com dezenas de pessoas que atiraram pedras e explosivos contra os soldados, que responderam com ações de dispersão de multidões e tiros. Vários feridos foram confirmados”, afirmou o exército israelense.

“Todas as forças saíram da cidade, não houve baixas entre nossas forças”, acrescenta o comunicado.

As tropas israelenses organizaram operações praticamente diárias na Cisjordânia nos últimos meses, concentradas nos militantes da Jihad Islâmica.

– Confrontos mortais –

Ao menos 57 palestinos morreram desde março, em sua maioria na Cisjordânia.

Entre as vítimas há supostos militantes e não combatentes, como a jornalista da Al Jazeera Shireen Abu Akleh, uma palestina que também tinha cidadania americana e morreu quando cobria uma operação israelense em Jenin.

Os ataques contra alvos israelenses deixaram 19 mortos no mesmo período, em sua maioria civis. Três agressores árabe-israelenses também morreram desde março.

Israel iniciou na sexta-feira o que chamou de ataque aéreo e de artilharia “preventivo” contra posições da Jihad Islâmica na Faixa de Gaza, o que levou os militantes do território a disparar mais de mil foguetes.


Uma trégua mediada pelo Egito permitiu o fim de três dias de intensos combates no domingo.

Israel insiste que algumas crianças e outros civis, citados entre os 46 palestinos mortos, faleceram vítimas de foguetes da Jihad Islâmica que caíram perto do local de lançamento ou falharam no momento do disparo.

O primeiro-ministro israelense, Yair Lapid, afirmou na segunda-feira que o bombardeio “foi um golpe devastador no inimigo” e a “cúpula de comando militar da Jihad Islâmica em Gaza foi atacada com sucesso”.

O grupo armado informou que 12 integrantes morreram, incluindo os comandantes Taysir al Jabari e Khaled Mansour.


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