A procuradoria de Nova York acusou, nesta segunda-feira, três homens de falsificarem obras do famoso artista britânico Damien Hirst. Eles conseguiram US$ 400 mil vendendo-as para compradores do mundo todo.

Vincent Lopreto, de 52 anos, depôs nesta segunda-feira, duas semanas depois de ser liberado da prisão por vender outras obras falsificadas pela internet, segundo comunicado da procuradoria.

Hirst ficou conhecido por seu tubarão conservado em formol, vendido em 2004 por US$ 12 milhões, e por cobrir um crânio humano com diamantes, obra vendida em 2007 por US$ 100 milhões. Aos 52 anos, ele já acumulou uma fortuna e é considerado o mais bem sucedido dos jovens britânicos que dominaram a cena artística do país nos anos 1990.

O procurador de Manhattan Cyrus Vance acusou Lopreto e outros dois homens, Paul Motta, de 50 anos, e Marco Saverino, de 34, do Arizona, de latrocínio e tentativa de fraude.

Os acusados falsificaram documentos para tentar convencer que as cópias eram genuínas. Eles faturaram US$ 400 mil de compradores da Grã-Bretanha, Canadá, Alemanha, Itália, Macedônia, África do Sul, Coreia do Sul, Taiwan e Nova York, segundo a procuradoria.

Duas vendas foram feitas a um agente disfarçado que se fez passar por um comprador.

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As autoridades confiscaram ferramentas para falsificar documentos do apartamento de Lopreto em Nova Orleans, Louisiana, disse a procuradoria.

Hirst ganhou o famoso prêmio Turner em 1995. Ele está sempre na lista dos britânicos mais ricos, em grande parte graças a um leilão de 2008 na Sotheby’s, na qual, sem intermediários das galerias, vendeu 223 novas peças por US$141 milhões, no câmbio atual.

Lopreto se declarou culpado em janeiro de 2014 de vender cópias falsificadas de Hirst online.


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