SÃO PAULO, 22 AGO (ANSA) – Técnico da seleção brasileira desde maio, o italiano Carlo Ancelotti avaliou que trabalhar no futebol do país sul-americano é “muito motivador”, mas opinou que “é um mundo engraçado”.
Em uma entrevista ao Il Giornale, o multicampeão mencionou os torneios estaduais, coisa que não tem na Itália, e até recordou os vários papéis picados lançados pelos torcedores do Internacional no embate contra o Flamengo, no Beira-Rio, pela Copa Libertadores da América.
“Os campeonatos regionais, como o Carioca e o Paulista, são disputados aqui, com várias partidas e viagens muito longas. Fui ver Internacional x Flamengo e a torcida jogou toneladas de papel picado e o vento jogou tudo para dentro do campo, provocando um atraso de 20 minutos para o início do jogo. É um mundo engraçado”, avaliou Carletto.
Ancelotti mencionou que está feliz vivendo no Rio de Janeiro e que não sente saudades da Europa, além disso, elogiou a relação entre o Brasil e a seleção pentacampeã do mundo.
“A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) é perfeitamente organizada e a qualidade dos jogadores é altíssima. O clima é positivo, a relação entre o país e a seleção é única e o time é respeitado por onde passa. Acho que fiz a escolha certa, porque treinar o Brasil é muito, muito motivador”, declarou o italiano.
O comandante analisou que seu filho, Davide Ancelotti, “está indo bem” na liderança do Botafogo, apesar da eliminação na Libertadores para a LDU. O europeu ainda voltou a dizer que “nunca” recebeu uma proposta da Federação Italiana de Futebol (Figc) para guiar a Azzurra.
Aos 66 anos, Carletto teve passagens vitoriosas por vários clubes do velho continente, entre eles Milan e Real Madrid, e treinou o Brasil em duas partidas: empate contra o Equador e vitória sobre o Paraguai. (ANSA).