Trégua entre Irã e Israel entra em vigor com acusações mútuas

TEERÃO, 24 JUN (ANSA) – Entrou em vigor na manhã desta terça-feira (24) o cessar-fogo na guerra entre Irã e Israel, em meio a acusações de violações de ambos os lados.   

A trégua foi anunciada na noite da última segunda (23) pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, poucas horas depois do ataque iraniano contra uma base americana no Catar, em represália pelo bombardeio a centrais nucleares do país persa no último fim de semana.   

“O cessar-fogo agora está em vigor. Por favor, não o violem”, escreveu Trump nas redes sociais por volta de 2h da madrugada (horário de Brasília).   

No entanto, desde então, Irã e Israel se acusaram mutuamente de disparar mísseis após o início da trégua. Segundo o exército de Teerã, o país judeu realizou pelo menos três ataques nesta terça, enquanto sirenes de alarme foram acionadas em algumas partes do território israelenses contra dois mísseis balísticos da nação persa.   

O ministro da Defesa, Israel Katz, ordenou uma resposta “com força a violações do cessar-fogo por parte do Irã, com ataques intensos a alvos do regime no coração de Teerã”. O exército iraniano, no entanto, negou ter disparado projéteis contra Israel após o cessar-fogo.   

Antes da trégua, um míssil do Irã atingiu um edifício em Bersebá, no sul de Israel, e deixou pelo menos quatro pessoas mortas e mais de 20 feridas. Já no país persa, um bombardeio israelense na noite passada destruiu quatro casas na província de Gilan, no norte, e provocou nove óbitos.   

A guerra havia sido deflagrada em 13 de junho, após ataques israelenses contra alvos militares e nucleares iranianos. Desde então, pelo menos 610 pessoas morreram no Irã, segundo dados oficiais, embora balanços independentes falem em quase mil vítimas.   

O conflito também tirou as vidas de pelo menos 28 indivíduos em Israel, cujo governo disse ter alcançado “todos os objetivos” no conflito, com a suposta “eliminação da ameaça existencial” posta pelo programa nuclear e balístico iraniano. (ANSA).