O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) acionou a Polícia Militar para investigar uma suspeita de boca de urna em frente ao colégio eleitoral do prefeito e candidato à reeleição à Prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). A PM nega o caso, mas admite a aglomeração em torno do candidato. Não há detidos.

Antes da chegada do candidato à escola em que vota, na Zona Sul da capital, um grupo de apoiadores se concentrou na porta do colégio com bandeiras e cartazes. De acordo com a Polícia Militar, alguns apoiadores chegaram a pedir votos aos eleitores.

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O TRE informou apenas que chamou a PM, mas não deu detalhes sobre a ocorrência. Em nota, a Polícia Militar informou que não houve crime, apenas uma aglomeração devido à presença de Nunes.

Questionado sobre o caso, Nunes negou que os suspeitos façam parte de sua campanha. Ele afirmou ter orientado aliados a não jogarem santinhos ou promoverem grandes manifestações no dia do pleito.

“Não sabia. Não pode pedir voto nas proximidades da escola. Orientei todo mundo a não jogar santinho. Se teve alguém que fez isso, a gente lamenta”, disse.

“Está correto. A gente precisa atender à legislação. Agora, as pessoas virem cumprimentar acontece em todas as eleições, com todos os candidatos e de todos os partidos”, concluiu, ao ser questionado sobre a nota do TRE-SP.

Boca de urna é crime eleitoral, com pena de seis meses a um ano de prisão, além de multa que varia entre R$ 5,3 mil e R$ 15,9 mil. No dia das eleições, é vedada a aglomeração de pessoas com instrumentos e roupas de candidatos e partidos. Abordagens e aliciamento de eleitores também são proibidos.

A manifestação silenciosa, como o uso de broches e adesivos nas roupas, é permitida pela legislação eleitoral.