Na manhã deste sábado (3), a Justiça Eleitoral cumpriu mandados de busca e apreensão de materiais de campanha irregulares na casa do ex-juiz Sergio Moro (União Brasil), que também é candidato ao Senado pelo Paraná. As informações foram divulgadas inicialmente pela colunista Monica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

Ainda segundo a colunista, o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná tomou a decisão acatando o argumento de advogados da Federação Brasil da Esperança no Paraná (organização política formada pelo PT, PC do B e Partido Verde) de que diversos materiais impressos da campanha de Moro violam a legislação eleitoral.

A Justiça também determinou a exclusão de todos os vídeos do canal de Moro do YouTube, inclusive os que contam com críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de uma série de links nas páginas sociais de sua campanha.

Procurada pela coluna de Monica Bergamo, a assessoria de Moro disse que “a busca e apreensão se refere tão somente à, supostamente, os nomes dos suplentes não terem o tamanho de 30% do nome do titular”. “Todavia, isso não corresponde com a verdade. Os nomes estão de acordo com as regras exigidas, sendo assim, a equipe jurídica pedirá a reconsideração da decisão”, diz em nota.

O apartamento de Moro foi o local onde a busca e apreensão foi realizada, já que é o endereço que foi indicado no registro da campanha dele ao Senado. “No local, nada foi apreendido”, completou a assessoria de Moro.

Paulo Roberto Martins (PL), também candidado ao Senado pelo Paraná, e que é apoiado por Jair Bolsonaro (PL), também foi alvo de busca e apreensão de materiais de campanha.