A reitoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) informou na manhã desta sexta-feira, 8, que o traslado do corpo de Diego Vieira Machado, estudante morto no último sábado no campus da Ilha do Fundão, para Belém, no Pará, onde ele morava antes de vir para o Rio, está previsto para ocorrer “em até cinco dias”, segundo a funerária contratada. Machado era gay e a polícia tem indícios de que ele foi vítima de um crime homofóbico. A Divisão de Homicídios ainda não sabe, no entanto, como ele foi morto – os ferimentos verificados em sua cabeça não foram a causa da morte, e é possível que tenha sido por envenenamento.

O corpo ainda está no Instituto Médico Legal do Rio. A UFRJ, que está custeando o traslado, informou que, de acordo com a empresa funerária, são necessárias de 48 a 72 horas para o embalsamento e para obtenção de autorização da Agência Nacional de Aviação Civil, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e de outros órgãos para o procedimento. O sepultamento será em Acará, cidade que fica a 65 quilômetros de Belém e onde o estudante nasceu. Ele tinha 30 anos e veio para o Rio em 2011 realizar o sonho de estudar na UFRJ. Cursava letras português-hebraico. A UFRJ está em contato com o irmão do estudante, Maycon Machado.

Na quinta-feira, 7, o reitor, Roberto Leher, se reuniu com o comandante do batalhão que policia a área, tenente-coronel Odair Blanco, para pedir reforço no policiamento no campus nos horários noturnos e nas saídas da Faculdade de Letras, Centro de Tecnologia, Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza, Centro de Ciências da Saúde e Escola de Educação Física e Desportos. A área do alojamento estudantil, onde Machado morava, por não ter residência no Rio e não poder arcar com um aluguel, também será incluída nas rondas. Os pontos dos ônibus que circulam na Cidade Universitária deverão ser patrulhados com maior frequência.


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