Durante sua participação no “Pod Delas”, na quinta-feira, 4, a cantora Claudia Leitte, de 43 anos, revelou que foi diagnosticada com TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade). Na atração, ela explicou como foi a descoberta de seu problema de saúde.
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“Essa coisa de você ter saúde mental é uma coisa muito nova, muito recente. Então, minha mãe falava ‘eu não preciso de psicólogo, meu psicólogo e psiquiatra é Deus’. Beleza, Deus é o maior psicólogo de todos os psicólogos, melhor psiquiatra do mundo, mas a gente precisa de saúde mental”, disse Claudinha, que ainda contou que foi na pandemia que percebeu algo errado com ela.
“Fui buscar a doutora Ana porque deu ruim para mim. Eu sou muito criativa, muito espontânea, muito impulsiva e isso não cabe em uma pandemia. Eu surtei, surtei pra dentro. Imagina que eu sou assim falante e fiquei o avesso disso”, afirmou.
“Então, eu fui buscar ajuda porque falei ‘tem alguma coisa errada comigo’. Eu tinha vontade de chorar o tempo inteiro. Eu ia gravar e não conseguia conter minha emoção. A desregulação emocional é um traço fortíssimo do TDAH. Eu faço neuromodulação, um tratamento pra quem é TDAH para quem não toma remédio, para dar uma equilibrada”, finalizou a famosa.
TDAH significa Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade. É o transtorno neurobiológico de causas genéticas que atinge parte do nosso cerébro.
Segundo o Ministério da Saúde, os principais sintomas são falta de atenção, desinteresse, hiperatividade (pessoa inquieta) e ainda a impulsividade. O tratamento é realizado com especialistas como psicólogos, psicopedagogos e psiquiatras.
Famosos com TDAH
Além de Claudia Leitte, famosos como Virginia Fonseca, Sabrina Sato, Suzana Alves, Fiuk, Will Smith, Michael Phelps, Justin Timberlake, Paris Hilton e Simone Biles já vieram a público para revelar que possuem a condição.
Em janeiro deste ano, a IstoÉ Gente conversou com o psicólogo Alexander Bez, que é especialista em relacionamentos pela universidade de Miami, ansiedade e síndrome do pânico pela Universidade da Califórnia, e em saúde mental, que explicou tudo sobre TDAH. Confira abaixo!
O que é TDAH?
O TDAH é um transtorno neuropsiquiatra, e consequentemente neuropsicológica, que afeta crianças, adolescentes e adultos. Ele se caracteriza por três principais sintomas: falta de atenção, impulsividade e hiperatividade. No entanto, é importante destacar que nem todas as pessoas com TDAH apresentam todos esses sintomas. Alguns podem ter predominantemente a falta de atenção, enquanto outros apresentam mais impulsividade e hiperatividade.
A falta de atenção no TDAH refere-se à dificuldade em se concentrar em uma tarefa por períodos prolongados, facilmente se distrair por estímulos externos e cometer erros por descuido. A impulsividade manifesta-se pela dificuldade em controlar impulsos, como interromper os outros durante uma conversa ou agir sem pensar nas consequências. A hiperatividade, por sua vez, envolve uma energia excessiva, inquietude e dificuldade em ficar parado.
Quanto à hiperatividade, é interessante observar que nem todos os indivíduos com TDAH apresentam esse sintoma. Algumas pessoas podem ter apenas a falta de atenção e a impulsividade, o que é conhecido como TDAH sem hiperatividade.
TDAH e hiperatividade
A relação entre TDAH e hiperatividade é importante esclarecer que a hiperatividade, quando presente, é uma das características do TDAH, mas pode ocorrer isoladamente como um distúrbio de hiperatividade. Ou seja, nem toda hiperatividade é necessariamente causada pelo TDAH.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico do TDAH envolve uma avaliação cuidadosa dos sintomas, considerando a persistência e a intensidade dos mesmos. É fundamental que o diagnóstico seja feito por profissionais qualificados, como psicólogos e psiquiatras especializados em saúde mental. Muitas pessoas que apresentam sintomas de desatenção e falta de concentração não necessariamente representam ser portadoras dessa psicopatologia, podendo esses sintomas ser ocasionais ou transitórios.
Em resumo, enquanto a hiperatividade pode ser um componente do TDAH, é possível ter hiperatividade sem que seja parte desse transtorno. O diagnóstico preciso é essencial para garantir o tratamento adequado e a melhoria na qualidade de vida das pessoas afetadas por esses desafios. Se você suspeitar que você ou alguém que você conhece pode estar lidando com TDAH, recomendo buscar a orientação de um profissional de saúde mental para uma avaliação mais aprofundada, fazendo um acompanhamento de no mínimo 6 meses a 1 ano.