Fazer uma transição na carreira pode ser uma decisão nada fácil para quem não sabe por onde começar. No entanto, é muito comum que, em alguma fase da vida, a trajetória profissional seja ajustada, repensada e que a pessoa queira mudar para ficar mais satisfeita e realizada profissionalmente.
Empresário, mentor e formador de outros mentores, Jonas Kaz vivenciou o processo na pele, antes de deixar a carteira assinada para empreender, e hoje ensina outras pessoas a percorrerem o mesmo caminho de forma segura e com estratégia.
“Sempre gostei de marketing e de empreendedorismo. Quando eu trabalhava na indústria farmacêutica, tentei migrar de executivo em auditorias para a área de marketing, mas não deu certo. Pedi demissão e abri a minha própria empresa, porque já sentia que podia alcançar voos mais altos. Estudei muito, apliquei o que estudava e em pouco tempo comecei a colher os frutos. Além de coragem, é preciso ter um plano para fazer uma transição de carreira. Todo mundo pode ser mentor. Basta ter conhecimento em uma área e começar a ensinar. Eu tenho uma mentorada que era empregada doméstica e hoje ensina outras pessoas a fazerem o trabalho bem feito. Toda habilidade pode ser ensinada. Tem sempre gente precisando aprender o que você sabe, o que você experimentou na sua vida profissional e pessoal”, diz Jonas Kaz.
O empresário explica que o primeiro passo para a pessoa fazer a transição de carreira é saber exatamente qual é o custo de vida e ter seis meses desse valor reservado. Depois, é hora de começar o processo de mentoria, ou seja, de usar as redes sociais para ensinar alguma habilidade para alguém e fazer isso nas horas vagas, até faturar 50% do atual custo de vida.
“Se o seu custo de vida é de R$5 mil, por exemplo, você precisa estar vendendo R$2,5 mil em mentoria por mês antes de pedir demissão. Se o seu salário no emprego é de R$ 3 mil, tem que fazer R$ 1,5 mil de mentoria e por aí em diante. O raciocínio é o seguinte: se você está dedicando poucas horas do seu dia e já está fazendo esse valor, imagina se puder dedicar mais tempo, usando o período em que está trabalhando no emprego tradicional? Provavelmente vai ganhar mais. O pensamento tem de ser esse. Comece empreendendo paralelamente ao seu emprego. E, quando estiver dominado o processo, fazendo 50% da sua renda necessária com a nova atividade, já pode se dedicar ao projeto em tempo integral”, ensina Jonas Kaz.
Ano sabático: o maior erro de quem pede demissão
O empresário alerta que um dos maiores erros de quem faz a transição de carreira de maneira desordenada é juntar um certo valor em dinheiro, achar que está seguro, e resolver tirar o famoso “ano sabático”. “É muito comum vermos casos de pessoas que pedem demissão e, logo em seguida, optam por viver um período de 12 meses se dedicando a um outro projeto particular sem estratégia e sem monetizar, ou monetizando muito pouco. ‘Ah, vou visitar meus parentes que nunca visitei na minha terra, vou viajar, vou descansar’. Eu costumo falar para os meus mentorados; só volta pra terra natal para visitar os parentes quando estiver rico. Só tira ano sabático quem já atingiu os seus objetivos financeiros”, alerta Jonas Kaz.
6 dicas para quem quer ser mentor
Jonas Kaz traz outras dicas para quem quer fazer a transição de carreira e se tornar mentor:
- Tenha em mente que o momento perfeito para começar existe: é agora. Faça o seu melhor com aquilo que está à sua disposição. Planeje o momento e confie no plano.
- Só existe um de você no mundo e esse é o seu maior diferencial. Por isso, confie mais em si mesmo.
- Comece a buscar por soluções. Quando você olha só para o problema, fica quase impossível resolvê-lo.
- Foque nas coisas que realmente vão trazer resultados para você. Use a regra do 80/20 na sua vida: 80% dos seus resultados vêm de 20% dos seus esforços.
- Não deixe o medo te travar. A única coisa que impede alguém de ter mais resultados é a falta de estratégia e de conhecimento.
- Se estiver cansado, não desista, descanse. Assim, você voltará com força total para atingir seus objetivos.